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Honório Onofre de Abreu

EM NOSSA LUTA REDENTORA

Meus bons amigos: a Bondade do Senhor sobre nós!

Dos tesouros de amor e compreensão que o Evangelho nos oferece, a amizade sincera e ativa no bem de todos é, talvez, a mais alta expressão de nossa adesão à plataforma de Jesus!

Agradecendo, aqui, a ternura fraterna com que nos lembram os singelos esforços pela Causa, abraçamos, com alegria, nossa querida Darcy* e as meninas de nossa Acácia.

No trato com as fileiras do Consolador, encontramos duas frentes de operação e aprendizado, a saber:

. O serviço de esclarecimento e consolação devido aos que chegam nos grêmios espíritas, com sua gama de dores e infortúnios;

. E o conjunto que perfaz o Movimento espiritista, em sua feição de maiores responsáveis pela divulgação e pela administração dos recursos doutrinários, mediúnicos e evangélicos.

Cientes do que contém as Bases Espíritas, com Allan Kardec, capacitamo-nos a operar a nossa renovação moral, inspirando-nos no fértil desdobramento de concepções e experiências de melhor nível, então exposto por obras subsidiárias de nobres medianeiros.

O trato, porém, nesse âmbito dos seareiros que, de alguma forma, lideram as Casas e as instituições do Consolador, nos requisita maior reflexão e mais ponderação.

Egressos do ontem histórico, seja na esfera política ou da religião, nossa tendência, se invigilantes, é submeter os ensinos e práticas a nós propostos pela Doutrina dos Espíritos, aos hábitos e condicionamentos que nos estruturam o psiquismo – herança inarredável de reencarnações pretéritas.

À luz do espírito glorioso do Evangelho redivivo, geralmente nos associamos, numa forma de reencontro, com o sentido de revisar, de algum modo, nossos próprios conteúdos, ou melhor, nossas aquisições intelecto-morais.

É por essa razão, essencialmente, que lutamos tanto, entre ideal e personalismo, tanto quanto entre política e espiritualidade.

O Senhor, à frente desse território humano, marcadamente viciado e ainda inculto em relação à religião da Verdade, pinça os elementos que já são capazes de ajustarem-se à Grande Luz e os convoca, pelas circunstâncias, a atuarem em favor de grupos em aprendizado e em necessidades espirituais emergentes.

Nesse contexto, imperfeições, incoerências, desmandos, deserções, cristalizações são, naturalmente, notas de expiação e prova para os que se ressentem dessas práticas personalistas e egóicas, nada obstante o fulgor da Doutrina Espírita estar acima dessas ações e reações sem o lastro moral desejável…

Até mesmo nessa órbita de exercício e aplicação Espírita vamos encontrar as gradações morais de aproveitamento ou não da proposta redentora, prometida à Terra por Jesus…

O que fazer? – podem indagar os amigos.

Responderíamos: paciência e fé, perseverança e humildade.

Isto porque não há obra sem testemunho, como não existe corpo sem alma!

Chegará o dia, companheiros, em que a experiência dos que lutaram e deram o melhor de si, comporá efetivamente o Conselho orientador dos que administram circunstancialmente os interesses espirituais de todos.

E, nesse passo, o bom senso será o filtro das ações e decisões, porque o interesse pessoal, entre vaidade e presunção, terão desaparecido de nossas fileiras de aprendizado com o Senhor!

Que as bênçãos do Mais Alto nos fortaleçam!

Fraterno abraço,

HONÓRIO ABREU

(Mensagem psicografada pelo médium Wagner Gomes da Paixão durante reunião pública do Grupo Espírita da Bênção, em Mário Campos, MG, no dia 16 de abril de 2018).
* referência a Darcy Moreira Neves, trabalhadora espírita do Rio de Janeiro e acompanhantes, presentes na reunião).