Meus amigos e companheiros: Que a Misericórdia do Pai e Criador nos alcance!
Às claridades do Evangelho redentor, que o Espiritismo reapresenta com sabedoria e beleza aos novos tempos da Terra, podemos alterar substancialmente os padrões de experiência e vida interior que nos têm submetido a dores e aflições inomináveis…
O campo mental dos indivíduos é o território essencial que lhes assinala ventura ou maldição, sempre em acordo com as escolhas pertinentes a cada qual.
Se o estudo da Doutrina é caminho para o Infinito, a interiorização de seus conteúdos significa eleição da Verdade para que haja Vida – e Vida em abundância.
Identificamos com facilidade – a partir de nossa condição de desencarnado a serviço do bem – os muitos conflitos e sofrimentos que dominam os terrenos mentais de muitos irmãos, ora por efeito das culpas instauradas, emparedando suas disposições numa espécie de confissão forçada e desesperadora por dentro de si mesmos; ora por efeito de indução externa, por disposição invigilante daqueles que parecem conduzir a existência sem maior gravidade ou comprometimento com a evolução.
Ainda mesmo nos círculos de nossos estudos doutrinários e evangélicos, a posição leviana ou descompromissada da criatura pode expô-la a desconfortos e constrangimentos, levando-a a indagar da validade desse esforço de verdadeiro autoconhecimento sob os auspícios do Consolador…
Em verdade, meus irmãos, a vida espiritual elevada é uma conquista que se processa passo a passo, trecho a trecho, desafio a desafio…
Muitos anos de convivência com os textos dos Evangelhos nos aproximam mais de Jesus, pois os fundamentos espíritas nos situam no âmago da proposta Crística; todavia, ter parte com o Celeste Amigo é algo que nos exige mais que conhecimento.
Suor e muitas vezes lágrimas, entre esforço e perseverança, entre humildade e bom ânimo, são quesitos imprescindíveis à efetiva renovação de padrões internos, no rumo da genuína espiritualidade.
O assunto pede meditação de nossa parte, tanto quanto solicita dos mais dispostos o dever de assumir uma espécie de renúncia nada comum ao Planeta: a dos pontos de vista pessoais.
A maleabilidade do sentimento, nesse sentido espiritual, faculta ao ser uma serenidade relativa, uma disposição constante, porque o exime dos embates emocionais, dos choques vibratórios a propósito de cousas transitórias, de pessoas em transe difícil…
Ninguém, nenhum de nós, meus amigos, teremos parte com o Mestre sem esse empenho de natureza moral.
Mas se há comprometimento íntimo pela subida vibracional, a existência se coroa de júbilos e renovados encantos, tangendo as fibras mais delicadas da tessitura da alma!
Todos os desajustes psíquicos, do comportamento, das concepções, nascem do desnivelamento moral, quando a mente já labora o melhor e o condicionamento emocional prossegue negando a Luz revelada por dentro do indivíduo.
É assim que nos compadecemos dos que fogem de si através do autocastigo, da autonegação, da revolta; que lamentamos os que desertam, buscando amortecimento dos sentidos nas drogas, nos desregramentos sexuais e afetivos, na compunção pelo poder; que oramos pelos que enlouquecem de presunção e vaidade, por efeito da não aceitação de si mesmos em seus processos de reajuste, travestindo-se de juízes impiedosos dos outros, de ditadores inconsequentes, de histriões no culto cego da própria imagem…
Nossa transformação moral é a garantia da felicidade, porque evolução, meus amigos, pede renúncia e submissão aos processos do Alto, conforme a Mensagem de Jesus preceitua, em todas as ocorrências de sua passagem entre nós!
Que o Espiritismo seja, para nós todos, o Evangelho redivivo – o caminho de nossa redenção
HONÓRIO ONOFRE DE ABREU
(Mensagem psicografada pelo médium Wagner Gomes da Paixão, durante reunião pública do Grupo Espírita da Bênção, no dia 04 de janeiro de 2014, em Mário Campos, MG)