Filhos amados:
que a ternura de Maria Santíssima nos inspire o bem-querer e a mansidão no trato de uns para com os outros!
O Natal de Jesus, relembrado ao final de cada ano, é, para os que se sensibilizam, o cume do monte da elevação – verdadeira estrela de amor a nos recordar a bondade sem-fim de nosso Pai e Criador.
O mundo físico – e suas adjacências espirituais de natureza inferior – se convulsiona, em provações e sofrimentos de toda ordem…
Nele, o materialismo dita as ordens, escravizando concepções e práticas em todos os segmentos de trabalho e realização, incluindo os ambientes religiosos tradicionais, onde deveriam laborar sob a fé lúcida e coerente no Poder de Deus.
Vemos, filhos, o dilema: materialismo versus espiritualidade, submetendo pessoas e instituições a provas e aferições de toda expressão, como se nesta hora a Terra inteira estivesse cobrando os tributos da coerência e da verdade por toda parte…
É, de fato, um período de graves definições, confirmando as profecias de Jesus registradas em as anotações de Mateus, capítulos 24 e 25.
O materialismo perverte a lógica da vida, e é por efeito desse sistema cruel de experiência e subserviência moral que, para muitos,
o dinheiro está acima do caráter,
o sexo fugaz prevalece sobre sentimentos,
a viciação fere os princípios da responsabilidade,
a leviandade desqualifica o santuário do lar,
os negócios da ambição desviam os templos dos seus ofícios santificantes,
e fobias e loucura substituem a alegria de viver e o serviço espontâneo no bem…
Toda vez que qualquer de vós negociais com a iniquidade, abrindo mão do que a consciência vos dita internamente, atestais o domínio do materialismo em vossa existência.
Não defendemos aqui o fundamentalismo religioso e muito menos as posições extremas de vida e de expressão religiosa. Salientamos a ausência do amor divino, sufocado por sensações grosseiras e imediatistas, tanto quanto a ausência de confiança em Deus, convertida em simonia, quando muitos se vendem aos sistemas do mundo, comprando em verdade as mesmas ilusões que fizeram perder a Judas Iscariotes no passado!
Natal, meus filhos, é o tempo das memórias divinas, em que, desde o brilho da estrela em Belém até o nascimento de Jesus numa manjedoura singela, encontramos as belezas da genuína fé, pois os céus anunciam o tempo novo, e esse tempo do amor e da sabedoria se apresenta na simplicidade invencível e eterna da humildade de coração!
Reflitamos, meus filhos, sobre a presença de Jesus em nós, não como culto externo, com palavras brilhantes e fugidias, mas como força de consciência a nos moldar o caráter regenerado, porque edificado na verdade do Pai, em devoção e caridade.
Desejamos a vós todos, filhos do nosso coração agradecido, as luzes imperecíveis da comunhão com o Cristo, em eterna glorificação de Deus!
BEZERRA DE MENESES
(Mensagem psicografada pelo médium Wagner G. Paixão durante reunião pública do Grupo Espírita da Bênção, em Mário Campos, MG, no dia 17 de dezembro de 2018).